Segregação racial também no Brasil
Publicado em 11.02.2010
O Apartheid persiste silenciosamente não só na África do Sul, mas também no Brasil, que por quase 400 anos utilizou a mão-de-obra escrava negra. A segregação está sob os olhos de todos. Os números explicam a realidade. Excluída de tudo, a população negra está mais vulnerável à violência. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), dos 25 milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza, 70% são afrodescendentes.
Pesquisa do antropólogo José Jorge de Carvalho, da Universidade de Brasília (UnB), que consta do livro Inclusão ética e racial no Brasil, aponta que apenas 30% dos negros conseguem concluir o quinto ano do ensino fundamental. Os demais, quase 70 milhões de párias, penam sem oportunidades ou com subempregos. Ainda conforme o levantamento, entre os professores de universidades públicas brasileiras, menos de 1% é afrodescendente. Dos mil diplomatas, somente dez são negros. Sinal do preconceito persistente no País, só 6,9% dos brasileiros se declararam negros, segundo atestou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Outro estudo, divulgado no ano passado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), revela que o número de negros assassinados no Brasil é duas vezes maior que o de brancos. No Nordeste, a diferença é ainda mais gritante: para cada branco vítima de homicídio, dez negros são mortos. O levantamento, baseado em dados do Ministério da Saúde (MS) referentes a 2006 e 2007, mostra que 59.896 negros foram assassinados no período, contra 29.892 brancos.
Publicado em 11.02.2010
O Apartheid persiste silenciosamente não só na África do Sul, mas também no Brasil, que por quase 400 anos utilizou a mão-de-obra escrava negra. A segregação está sob os olhos de todos. Os números explicam a realidade. Excluída de tudo, a população negra está mais vulnerável à violência. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), dos 25 milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza, 70% são afrodescendentes.
Pesquisa do antropólogo José Jorge de Carvalho, da Universidade de Brasília (UnB), que consta do livro Inclusão ética e racial no Brasil, aponta que apenas 30% dos negros conseguem concluir o quinto ano do ensino fundamental. Os demais, quase 70 milhões de párias, penam sem oportunidades ou com subempregos. Ainda conforme o levantamento, entre os professores de universidades públicas brasileiras, menos de 1% é afrodescendente. Dos mil diplomatas, somente dez são negros. Sinal do preconceito persistente no País, só 6,9% dos brasileiros se declararam negros, segundo atestou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Outro estudo, divulgado no ano passado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), revela que o número de negros assassinados no Brasil é duas vezes maior que o de brancos. No Nordeste, a diferença é ainda mais gritante: para cada branco vítima de homicídio, dez negros são mortos. O levantamento, baseado em dados do Ministério da Saúde (MS) referentes a 2006 e 2007, mostra que 59.896 negros foram assassinados no período, contra 29.892 brancos.
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