terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Alfabetização: direito público

Alfabetização: direito público

O Ministério da Educação (MEC) garante que o Brasil vai cumprir, até 2015, o Acordo de Dacar, estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que prevê a redução da taxa de analfabetismo dos atuais 10% para 6,7% até 2015. A análise é da Secretaria de Alfabetização e Diversidade do MEC e foi divulgada pela Agência Brasil de Notícias.

De acordo com a Secretaria, nos últimos anos a taxa de analfabetismo vem caindo, em média, 0,55% ao ano e, desta forma, espera-se que, até a 2015, chegue a 5,6%, abaixo do determinado pela Unesco. Por sua vez, o MEC defende que o País tem as condições necessárias para alcançar as metas de alfabetização. Uma das estratégias importantes para atingir esse objetivo, na avaliação do Ministério, é o acordo firmado entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os governadores das regiões Norte e Nordeste para a erradicação do problema. As duas regiões têm as piores taxas de analfabetismo do País e concentram 80% das turmas do Brasil Alfabetizado, programa do Governo Federal que dá apoio técnico e financeiro para que Estados e municípios criem turmas voltadas a jovens e adultos. Outra dificuldade apontada por especialistas está na formação de professores para trabalhar em turmas de alfabetização de jovens e adultos. Já o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que tem como uma das metas alfabetizar todas as crianças aos 8 anos de idade, também vai ajudar a reduzir as taxas porque evita a continuidade do analfabetismo entre a população mais jovem. Entretanto, o MEC precisa dos Estados e dos municípios para dar conta do problema. Já que o esforço do Governo Federal é mais do que financeiro ou político, é institucional. E os parceiros são Estados e municípios, pois a alfabetização deve ser tratada como um direito público.
Fonte:
Folha de Pernambuco

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