OEA denuncia fraudes em eleição legislativa
Publicado em 17.03.2010
De acordo com a entidade, houve no domingo compra de votos e desrespeito ao voto secreto
BOGOTÁ – Uma missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que supervisionou as eleições legislativas do último domingo, na Colômbia, denunciou ontem que houve compra de votos, circulação de dinheiro e desrespeito ao voto secreto. O grupo destacou, por outro lado, que o pleito ocorreu com tranquilidade.
A compra de votos foi constatada por membros da Missão de Observação Eleitoral da OEA nos departamentos (Estados) de Atlántico, Bolívar, Magdalena (norte), Cundinamarca (centro), Nariño (sul, na fronteira com o Equador) e Norte de Santander (noroeste, na fronteira com a Venezuela). A informação consta de em um relatório da OEA entregue à imprensa.
“Essa prática não se concentra em só um partido”, ressaltou o chileno Enrique Correa, chefe da missão, em uma entrevista coletiva.
Segundo ele, a compra de votos não apenas ocorreu com dinheiro, mas também mediante a oferta de alimentos e bolsas de estudos. Correa destacou casos específicos que os membros da missão observaram nos municípios de Palermo (Magdalena), Magangué (Bolívar) e Soledad (Atlántico).
Em diversas localidades do departamento de Cundinamarca, os observadores da entidade regional, vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), constataram que se pagava um sanduíche e 20 mil pesos (US$ 10) por voto, conforme o relatório.
A OEA também chamou a atenção para a falta de garantias logísticas para preservar o voto secreto, o que, de acordo com Correa, favorece a compra. “O voto secreto não foi preservado devidamente em um número importante de recintos eleitorais”, informou o relatório, pedindo ao governo colombiano que melhore essa estrutura.
FARC
Quatro dos cinco ex-reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que foram candidatos não foram eleitos.
O único candidato bem-sucedido, Jorge Gechem, conseguiu uma vaga no Senado pelo Partido Social de Unidade Nacional, do presidente Álvaro Uribe.
A derrota mais surpreendente foi a da ex-candidata a vice-presidente Clara Rojas, que não conseguiu uma vaga no Senado pelo oposicionista Partido Liberal. Clara foi sequestrada com a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt em 2002. Ela teve um filho no cativeiro com um guerrilheiro e foi libertada em 2008.
Publicado em 17.03.2010
De acordo com a entidade, houve no domingo compra de votos e desrespeito ao voto secreto
BOGOTÁ – Uma missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que supervisionou as eleições legislativas do último domingo, na Colômbia, denunciou ontem que houve compra de votos, circulação de dinheiro e desrespeito ao voto secreto. O grupo destacou, por outro lado, que o pleito ocorreu com tranquilidade.
A compra de votos foi constatada por membros da Missão de Observação Eleitoral da OEA nos departamentos (Estados) de Atlántico, Bolívar, Magdalena (norte), Cundinamarca (centro), Nariño (sul, na fronteira com o Equador) e Norte de Santander (noroeste, na fronteira com a Venezuela). A informação consta de em um relatório da OEA entregue à imprensa.
“Essa prática não se concentra em só um partido”, ressaltou o chileno Enrique Correa, chefe da missão, em uma entrevista coletiva.
Segundo ele, a compra de votos não apenas ocorreu com dinheiro, mas também mediante a oferta de alimentos e bolsas de estudos. Correa destacou casos específicos que os membros da missão observaram nos municípios de Palermo (Magdalena), Magangué (Bolívar) e Soledad (Atlántico).
Em diversas localidades do departamento de Cundinamarca, os observadores da entidade regional, vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), constataram que se pagava um sanduíche e 20 mil pesos (US$ 10) por voto, conforme o relatório.
A OEA também chamou a atenção para a falta de garantias logísticas para preservar o voto secreto, o que, de acordo com Correa, favorece a compra. “O voto secreto não foi preservado devidamente em um número importante de recintos eleitorais”, informou o relatório, pedindo ao governo colombiano que melhore essa estrutura.
FARC
Quatro dos cinco ex-reféns das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que foram candidatos não foram eleitos.
O único candidato bem-sucedido, Jorge Gechem, conseguiu uma vaga no Senado pelo Partido Social de Unidade Nacional, do presidente Álvaro Uribe.
A derrota mais surpreendente foi a da ex-candidata a vice-presidente Clara Rojas, que não conseguiu uma vaga no Senado pelo oposicionista Partido Liberal. Clara foi sequestrada com a ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt em 2002. Ela teve um filho no cativeiro com um guerrilheiro e foi libertada em 2008.
Fonte: Jornal do Commércio
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