Juiz manda afastar 28 agentes
Publicado em 23.02.2010
Punição atinge servidores que estavam de plantão Terça de Carnaval em unidade da Funase de Abreu e Lima, quando internos teriam sido espancados
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou e a Justiça afastou, ontem, os 28 agentes de desenvolvimento social (ADS) que estavam de plantão na Terça-Feira de Carnaval, no Centro de Assistência Socioeducativa (Case) de Abreu e Lima, no Grande Recife. O juiz da Vara Regional da Infância e Juventude, Paulo Brandão, entendeu que há fortes indícios de que os funcionários espancaram os internos nesse dia e que a medida é necessária para as investigações do caso.
As promotoras Isabela Carneiro Leão e Izabela Miranda também pediram o afastamento do diretor de segurança da Fundação de Apoio Socioeducativo (Funase), coronel Romildo Costa, mas o magistrado indeferiu a solicitação, alegando que o militar estaria há apenas nove dias no cargo. A sessão de espancamentos teria resultado em um princípio de motim na última quinta-feira e em uma rebelião no sábado.
Antes da decisão da Justiça, a Funase já havia afastado nove desses 28 agentes. Eles foram apontados nominalmente pelos adolescentes como responsáveis pelas agressões. Para o magistrado, os argumentos do MPPE são inquestionáveis. “É necessário o afastamento de todos para que a investigação continue. Um inquérito será aberto e cabe ao Estado substituir esses agentes”, explicou Paulo Brandão.
O juiz deu prazo de 72 horas para que a medida seja cumprida, já que é necessário fazer a convocação de novos agentes. A diretora da Área Socioeducativa da Funase, Suely Cysneiros, afirmou, através da assessoria de comunicação, que vai cumprir a decisão dentro do prazo estipulado.
A decisão tem caráter liminar, o que significa que os agentes não perderam os cargos, apenas foram afastados de suas funções. Paulo Brandão deve ouvir nos próximos dias as vítimas, os acusados e possíveis testemunhas para dar a sentença. A promotora Isabela Carneiro Leão afirmou que, com a colega Izabela Miranda, analisará se vai recorrer para tentar novamente afastar o diretor de Segurança da fundação.
Na semana passada, o MPPE recebeu denúncias de familiares dos internos revelando que os adolescentes estavam sendo espancados. As informações dão conta que os agentes estariam embriagados, na Terça-Feira de Carnaval, e utilizaram pedaços de madeira para bater nos jovens.
Revoltados com a situação, os internos provocaram um princípio de motim na quinta-feira. O Batalhão de Choque foi chamado e controlou a situação. No sábado, a situação ficou pior. Os adolescentes quebraram computadores, queimaram móveis e documentos. O BPChoque precisou ser chamado novamente. No segundo episódio, a Funase responsabilizou os agentes de abandonar os postos de trabalho e incitar os jovens como represália ao afastamento de nove deles no dia anterior. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Fonte:
Jornal do Commércio
Publicado em 23.02.2010
Punição atinge servidores que estavam de plantão Terça de Carnaval em unidade da Funase de Abreu e Lima, quando internos teriam sido espancados
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou e a Justiça afastou, ontem, os 28 agentes de desenvolvimento social (ADS) que estavam de plantão na Terça-Feira de Carnaval, no Centro de Assistência Socioeducativa (Case) de Abreu e Lima, no Grande Recife. O juiz da Vara Regional da Infância e Juventude, Paulo Brandão, entendeu que há fortes indícios de que os funcionários espancaram os internos nesse dia e que a medida é necessária para as investigações do caso.
As promotoras Isabela Carneiro Leão e Izabela Miranda também pediram o afastamento do diretor de segurança da Fundação de Apoio Socioeducativo (Funase), coronel Romildo Costa, mas o magistrado indeferiu a solicitação, alegando que o militar estaria há apenas nove dias no cargo. A sessão de espancamentos teria resultado em um princípio de motim na última quinta-feira e em uma rebelião no sábado.
Antes da decisão da Justiça, a Funase já havia afastado nove desses 28 agentes. Eles foram apontados nominalmente pelos adolescentes como responsáveis pelas agressões. Para o magistrado, os argumentos do MPPE são inquestionáveis. “É necessário o afastamento de todos para que a investigação continue. Um inquérito será aberto e cabe ao Estado substituir esses agentes”, explicou Paulo Brandão.
O juiz deu prazo de 72 horas para que a medida seja cumprida, já que é necessário fazer a convocação de novos agentes. A diretora da Área Socioeducativa da Funase, Suely Cysneiros, afirmou, através da assessoria de comunicação, que vai cumprir a decisão dentro do prazo estipulado.
A decisão tem caráter liminar, o que significa que os agentes não perderam os cargos, apenas foram afastados de suas funções. Paulo Brandão deve ouvir nos próximos dias as vítimas, os acusados e possíveis testemunhas para dar a sentença. A promotora Isabela Carneiro Leão afirmou que, com a colega Izabela Miranda, analisará se vai recorrer para tentar novamente afastar o diretor de Segurança da fundação.
Na semana passada, o MPPE recebeu denúncias de familiares dos internos revelando que os adolescentes estavam sendo espancados. As informações dão conta que os agentes estariam embriagados, na Terça-Feira de Carnaval, e utilizaram pedaços de madeira para bater nos jovens.
Revoltados com a situação, os internos provocaram um princípio de motim na quinta-feira. O Batalhão de Choque foi chamado e controlou a situação. No sábado, a situação ficou pior. Os adolescentes quebraram computadores, queimaram móveis e documentos. O BPChoque precisou ser chamado novamente. No segundo episódio, a Funase responsabilizou os agentes de abandonar os postos de trabalho e incitar os jovens como represália ao afastamento de nove deles no dia anterior. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Fonte:
Jornal do Commércio
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