Aids avança entre os jovens
Mesmo vivendo na chamada “Era da Comunicação”, com acesso às mais variadas informações, os jovens estão ainda não estão se prevenindo das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), se enquadrando em uma situação de vulnerabilidade à infecção pelo vírus HIV/Aids. O número de jovens infectados pelo vírus tem preocupado os governantes, segundo informações do Ministério da Saúde (MS).Na faixa etária entre 13 e 19 anos, as mulheres aparecem como a maior parte das vítimas infectadas pelo vírus HIV/Aids. Para os homens de 13 aos 24 anos, a principal forma de transmissão é a homossexual. E, entre os jovens dos 20 aos 24 anos, os casos se dividem de forma equilibrada entre homens e mulheres. Para reduzir as taxas de infecção pelo HIV, principalmente entre meninas e meninos homossexuais com idade entre 16 e 24 anos, o objetivo é incentivar a realização do teste anti-HIV que, com a campanha permanente, pode ser feito nos postos de saúde públicos. O Ministério da Saúde ressalta que é muito fácil fazer o teste, que tem duas modalidades. No exame rápido, o resultado sai em apenas 40 minutos. No teste convencional o diagnóstico é dado em torno de duas semanas. Quanto mais cedo tiverem o diagnóstico, mais cedo evitarão novas infecções. Outro ponto defendido pelo MS: de acordo com o procedimento ético do diagnóstico e da triagem sorológica para o HIV, lançado pelo MS em 2004, o adolescente, “pode decidir sozinho pela realização do exame, desde que o profissional de saúde avalie que ele é capaz de entender o seu ato e conduzir-se por seus próprios meios (art. 103 do Código de Ética Médica)”. E que, desde 2004, tem se notado um crescente número de jovens que procuram realizar o exame. Vale assinalar que o adolescente, a partir dos doze anos de idade, já tem autonomia para fazer o teste anti-HIV, de forma sigilosa, sem autorização dos pais. Mas, mesmo tendo o direito de confidencialidade e sigilo, o adolescente é aconselhado a trazer um adulto para receber o resultado. Se o exame der positivo, o jovem é encaminhado ao atendimento psicológico. Entre o ano 2000 e junho de 2009, foram registrados no Brasil 3.713 casos de Aids em meninas de 13 a 19 anos (60% do total), contra 2.448 casos de meninos. Na faixa etária que vai dos 20 aos 24 anos, há mais de 13 mil (50%) casos entre as meninas e mais de 13.250 entre os meninos, o que revela equilíbrio. No grupo com 25 anos e mais, há uma clara inversão - 174.070 (60%) do total (280.557) de casos são entre os homens.
Fonte:
Folha de Pernambuco
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