segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Clipping 25-10-09

JORNAL DO COMMERCIO - 25.10.2009 - INTERNACIONAL

» HONDURAS
População quer terceira opção
Publicado em 25.10.2009
Segundo o representante da OEA, John Biehl, pesquisa de opinião aponta que o povo hondurenho quer solução da crise sem Zelaya e Micheletti no poder

TEGUCIGALPA – O assessor do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) para Honduras, John Biehl, revelou ontem que o órgão tem pesquisas de opinião que revelam que a maioria dos hondurenhos está de acordo com uma “terceira opção” – que não seja o presidente de fato Roberto Micheletti ou o presidente deposto Manuel Zelaya –, a favor de um governo de reconciliação e de unidade nacional para solucionar a crise.
Biehl fez a revelação ao responder uma pergunta dos repórteres sobre a última proposta do governo de fato, no qual Micheletti renunciaria ao poder desde que Zelaya desista de sua intenção de ser restituído à presidência. “Se você me pergunta se apoio a terceira opção, eu te digo: ‘Não vamos interferir nisto’, nas pesquisas das quais estou falando, a maioria do povo hondurenho pensa que essa deve ser uma das soluções”, disse Biehl. Segundo ele, as pesquisas, cujos resultados serão tornados públicos no futuro, também revelam que todos os hondurenhos querem uma solução imediata e pacífica para a crise.
Biehl anunciou que vai deixar Honduras após o fracasso nas negociações para solucionar a crise e destacou que a OEA vai sempre crer no diálogo entre as partes. “Nós sempre vamos crer em um acordo”, disse Biehl, que vem acompanhando o processo do diálogo desde a sua retomada em 7 de outubro, ao confirmar o regresso da missão da OEA à Washington para apresentar um informe ao secretário-geral do órgão, José Miguel Insulza.
ELEIÇÕES
Candidatos a deputados e prefeitos do Partido Liberal (PL), que se reuniram ontem com mais de 3 mil ativistas, ameaçaram não participar das eleições de 29 de novembro se Zelaya não for restituído. Dezoito deputados estão dispostos retirar o apoio a Elvin Santos, o candidato do PL à Presidência de Honduras, afirmou a deputada Carolina Echeverria.
Zelaya saudou os participantes da assembleia por telefone desde a embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde está refugiado desde o dia 21 de setembro. “É lamentável voltar à época dos esquadrões da morte e dos desaparecidos”, disse.
DIÁRIO DE PERNAMBUCO - 25.10.2009 - BRASIL

Bom exemplo brasileiro
Segurança // Estatuto do Desarmamento pode servir de modelo para legislação internacional
Edson Luiz // edsonluiz.df@diariosassociados.com.br



Brasília - A Organização das Nações Unidas (ONU) começa a discutir, na primeira semana de novembro, uma legislação internacional de controle de armas. O Estatuto do Desarmamento do Brasil, de dezembro de 2003, pode servir de modelo para outros países. A reunião, que acontecerá em Viena, na Áustria, vai contar com a presença de autoridades nacionais e representantes de organizações não governamentais (ONGs) que participaram da campanha do desarmamento, realizada em 2004, e que resultou na arrecadação de mais de 459 mil armas em todo o país. Os resultados, que chegaram a surpreender o governo à época, é hoje motivo de comparação com a atual campanha, que este ano só recolheu cerca de 30 mil armas.

No estatuto, assinado pelo país em 2001, o governo brasileiro já atendeu a algumas recomendações da convenção da ONU sobre armas. "O nosso modelo é uma das alternativas para outras nações", afirma o delegado federal Marcus Dantas, coordenador do Sistema Nacional de Armas (Sinarm). "Somos um dos únicos países do mundo que marca sua munição no próprio cartucho para possibilitar seu controle", acrescenta. Hoje, a lei obriga as empresas fabricantes de armamentos a colocar nos lotes de munição números seriados. Com isso, o Comando do Exército e as polícias Federal e Civil podem rastrear os cartuchos a partir da saída das indústrias.

Para o coordenador da ONG Viva Rio, Antônio Rangel, a campanha do desarmamento, realizada entre 2004 e 2005, teve resultados positivos por causa da participação de associações, igrejas e da sociedade em geral. Com isso, foram entregues mais de 450 mil armas. O governo pagou até R$ 300 por unidade. Nos últimos 10 anos, o Exército conseguiu destruir 1,8 milhão de artefatos, principalmente de pequeno porte. Durante a campanha, as armas eram destruídas em cerimônias públicas.

Tanto as convenções da ONU quanto da Organização dos Estados Americanos (OEA) proíbem a venda de armas em todo o mundo. Desde a aplicação das recomendações, o trânsito de armamentos diminuiu pelo mundo, segundo os especialistas, mas alguns países ainda não ratificaram os tratados. Um deles, os Estados Unidos, deve aderi-lo até o próximo ano, segundo anunciou o presidente norte-americano Barack Obama. Hoje, os EUA são os que mais vendem armas para outros países.

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